Reflexão litúrgica: quarta-feira, 24/01/2024 – 3ª Semana do Tempo Comum, Memória de São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja

23 de Janeiro de 2024

"Reflexão litúrgica: quarta-feira, 24/01/2024 – 3ª Semana do Tempo Comum, Memória de São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja"

A SEMENTE É BOA, MAS PARA FRUTIFICAR DEPENDE DA RECEPÇÃO DO CORAÇÃO 

Na Liturgia desta quarta-feira, 3ª Semana do Tempo Comum, na 1a Leitura (2Sm 7,4-17), vemos que Deus promete preparar um lugar para seu povo, onde todos viverão em segurança e paz. O rei Davi quer construir um templo, pois morava numa casa luxuosa e a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do Povo, estava numa simples tenda, debaixo de uma lona. O profeta Natã recorda a Davi tudo o que Deus realizou por ele e por cada um de nós. Então, lhe diz: "Vai e faz tudo o que tens no coração, porque o Senhor está contigo". Deus lhe promete um filho que garantirá a prosperidade, a paz e a justiça. Essa promessa se concretizará em Jesus que construirá sua Igreja com pedras vivas. Nós somos esta Igreja, Deus realizou grandes feitos por cada um de nós. E nós, o que lhe retribuímos? 

No Evangelho (Mc 4,1-20), Jesus entra na barca que é a Igreja e proclama uma mensagem de ânimo às multidões. Vejamos alguns aspectos que temos que levar em conta: 

1°) Jesus está falando Dele, de seu itinerário, da não aceitação de sua mensagem; 

2°) Jesus está falando aos discípulos que enfrentavam conflitos, estavam desanimados e vivendo em constantes crises; 

3°) Jesus está falando a cada um de nós, aos diferentes tipos de terrenos (nossa vida): alienação, perseguições, estruturas políticas e econômicas, seduções, superficialidade, insensibilidade, forças contrárias etc. 

A questão principal deste texto do semeador é: Por que muitos que acolheram e acolhem o Reino, depois, o abandonam? Diante dos desafios e de como é acolhida a semente (Palavra de Deus), vale a pena semear? A culpa não é do semeador, nem da semente, mas da terra que a recebe: disposição interior, tempo, vontade etc. Então, temos que olhar para dentro de nós, ali encontraremos a resposta. 

Diante dos vários tipos de terrenos, o lavrador é criativo, aproveita da melhor maneira a semente, pois sabe que a semente é de primeira. Temos que valorizar o esforço de cada um, sem exigir o mesmo de todos. Apesar de forças contrárias e possíveis perdas, o sucesso da colheita será garantido. 

Poderíamos nos questionar: Quanta semente recebemos! E somos assim... E se tivéssemos correspondido, como seria nossa vida e nossa realidade? 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.  


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças - Sarandi - PR