Dicastério para a Doutrina da Fé, do Vaticano, publica o documento “Dignitas infinita”

10 de Abril de 2024

Dicastério para a Doutrina da Fé, do Vaticano, publica o documento “Dignitas infinita”

Nesta segunda-feira, o Dicastério para a Doutrina da Fé, do Vaticano, publicou o documento “Dignitas infinita”. O texto, fruto de cinco anos de trabalho, inclui o magistério papal da última década: da guerra à pobreza, da violência contra os migrantes àquela contra as mulheres, do aborto à maternidade sub-rogada e à eutanásia, da teoria do gênero à violência digital.


A principal novidade do documento é a inclusão de alguns temas principais do recente magistério pontifício que acompanham temas bioéticos. No elenco “não exaustivo” que é oferecido, entre as violações da dignidade humana, ao lado do aborto, da eutanásia e da maternidade sub-rogada, aparecem a guerra, o drama da pobreza e dos migrantes, o tráfico de seres humanos.


O novo texto contribui assim para superar a dicotomia existente entre quem se concentra de modo exclusivo na defesa da vida do nascituro ou do moribundo, esquecendo muitos outros atentados contra a dignidade humana e, vice-versa, quem se concentra somente na defesa dos pobres e dos migrantes, esquecendo que a vida deve ser defendida desde a concepção até a sua natural conclusão.


Princípios fundamentais


Dignidade de cada pessoa

O documento evidencia o equívoco representado pela posição daqueles que à expressão “dignidade humana” preferem “dignidade pessoal”, porque entendem como pessoa somente “um ser capaz de raciocinar”. Consequentemente, afirmam que “não teria dignidade pessoal a criança ainda não-nascida, nem o idoso não autossuficiente, nem o portador de deficiência mental. A Igreja, ao contrário, insiste no fato que a dignidade de cada pessoa humana, porque é intrínseca, permanece para além de toda circunstância” (24). Além disso, se afirma “o conceito de dignidade humana foi às vezes usado de modo abusivo também para justificar uma multiplicação arbitrária de novos direitos... como se fosse devido garantir a expressão e a realização de toda preferência individual ou desejo subjetivo” (25).


Com informações do Vatican News

Leia a declaração na íntegra