Reflexão litúrgica: Segunda-feira, 01/07/2024 – XIII Semana do Tempo Comum

30 de Junho de 2024

"Reflexão litúrgica: Segunda-feira, 01/07/2024 – XIII Semana do Tempo Comum"

EXIGÊNCIAS PARA SEGUIR JESUS: COLOCAR O REINO DE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR 

Na Liturgia desta segunda-feira da XIII Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (Am 2,6-10.13-16), que num período de prosperidade econômica e decadência religiosa, o profeta Amós é enviado por Deus a anunciar o juízo divino sobre Israel, mas também sobre os povos vizinhos. O profeta acusa-os do pecado da injustiça social, de corrupção, idolatria e manipulação ideológica. Os principais atingidos pela profecia são as autoridades que ao invés de promoverem condições de justiça e vida, exploram, oprimem e manipulam ideologicamente o povo, reduzindo-o à miséria e ao abandono. Enganado, o povo não consegue nem ter acesso às condições mínimas de dignidade. A essa infidelidade dos governantes, o profeta contrapõe a fidelidade de Deus que libertou o povo da escravidão e o fez conquistar a terra prometida. 

No Evangelho (Mt 8,18-22), vemos que uma das condições essenciais para seguir Jesus é colocar o interesse pelo Reino de Deus acima de todas as preocupações pessoais, assim como dos afetos mais caros, com plena dedicação. Além disso, para seguir a Jesus, a pessoa precisa estar disposta a duas coisas: correr o risco da insegurança sobre o futuro e estar pronta para não adiar o compromisso. 

A mensagem cristã é exigente. Não se trata de aderir uma doutrina, mas há uma pessoa; não se trata de adotar um modo de pensar, porém de orientar-se para um modo de viver. Naturalmente há muitos modos de segui-lo. Há quem tudo abandona para se retirar a um claustro, quem se dedica a intenso apostolado nos hospitais ou entre as pessoas mais fragilizadas, quem se desvela pela educação da Juventude, quem se engaja na ação política ou social, quem se dedica à ação catequética na comunidade paroquial ou a outras formas de engajamento. O importante é que seja um verdadeiro seguir a Cristo. Um cristão que se contenta de não fazer mal a ninguém, como pode pretender seguir um mestre cuja vida foi essencialmente ser para os outros? 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi – PR