NÃO TORNAR ABSOLUTO AQUILO QUE É SECUNDÁRIO, ESSENCIAL PARA O CRISTIANISMO É A PRÁTICA DA JUSTIÇA E DA MISERICÓRDIA
Na Liturgia desta segunda-feira da XXI Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (2Ts 1,1-5.11b-12), que o apóstolo Paulo eleva a Deus seu agradecimento por tudo que há de bom na comunidade e ressalta a firmeza dos cristãos na fé por entre as perseguições. Reconhece nestas um sinal do justo juízo de Deus, que através das provações, vai separando os bons dos maus. Faz questão, porém, de precisar que a permanência da comunidade no bem é obra de Deus. Por isto, pede a Deus torne os fiéis sempre mais dignos de sua vocação e faça efetiva neles toda vontade de praticar o bem.
No Evangelho (Mt 23,13-22), Jesus critica e condena os líderes religiosos que sustentam um sistema formalista e hipócrita: eles não consideram o Reino de Deus como dom, nem respeitam a liberdade dos filhos de Deus. Tal sistema impede de entrar no Reino, pois não leva à conversão, mas à perversão, e destrói o verdadeiro espírito das Escrituras, chegando a matar até mesmo os enviados de Deus. Jesus mostra que a religião formalista e jurídica não é meio de salvação, mas produz prática escravizadora; portanto, é frontalmente oposta àquela que deve ser vivida por qualquer comunidade cristã.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR
