A LUZ É SÍMBOLO DO QUE DEVE SER UM CRISTÃO!
Na Liturgia desta segunda-feira, XXV Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Pr 3,27-34), o texto mostra o esforço dos mestres de sabedoria em Israel para unir a sabedoria com a fé em Deus. Esta fé empenha o sábio na construção de uma sociedade solidária e fraterna, de partilha, justiça e paz. Ainda que os perversos e violentos pareçam prosperar, não devem ser imitados, pois Deus está com os justos.
No Evangelho (Lc 8,16-18), Jesus nos diz que diante de um mundo de sombras e trevas, devemos ser luz do mundo. Quais são as funções da luz?
- Sinal de vida, de calor, dinamismo, trabalho (nenhum ser vivo vive sem luz);
- serve para afastar os animais perigosos;
- para mostrar o caminho, as belezas presentes na natureza;
- para iluminar os objetos etc.
Na criação: a luz recorda o primeiro ato do Criador.
No Êxodo do Egito, a coluna de fogo guiava o povo para a Terra Prometida.
Em Isaías: O Servo de Javé: "Luz das nações".
Jesus: "Eu sou a Luz do Mundo".
É a Luz que dá sentido à vida, à dor e à própria morte. Uma pessoa que tem luz é uma pessoa sábia, que tem rumo, horizontes.
Todos os seres se identificam pela sombra, somente Deus, pela luz.
Ninguém é luz por si próprio: é ligado a uma fonte geradora. Como a lâmpada depende do gerador, assim nós dependemos do gerador que é Cristo para iluminar. E iluminamos na medida em que estivermos ligados a Ele. Essa união se faz pela meditação da Palavra de Deus, pela participação na comunidade, pela comunhão eucarística, pela caridade e pela oração.
Sempre digo que cada um de nós é como a lua, a lua não tem luz própria, mas ilumina, pois reflete a luz que o sol lhe manda. Nós, também, não temos luz, mas, quando iluminamos, certamente é a luz de Deus que reflete em nós e vamos passando esse esplendor a todos os ambientes em que estamos inseridos. A luz é símbolo do que deve ser um cristão!
Todo cristão deve ser luz para aqueles que estão à sua volta. Mas essa luz não lhe é própria, como disse acima: o cristão é como a lua a refletir a luz do sol, que é a luz de Cristo, nosso Senhor. A luz de Cristo jamais se apaga, mas nós, ao contrário, podemos nos tornar opacos e deixar de refleti-la. Devemos cuidar para que isso não ocorra e pedir sempre que ela brilhe sobre nós.
A luz de Cristo nos é dada pela sua Palavra. Assim, tanto mais brilhante será a nossa luz, quanto mais profunda for nossa vivência da Palavra. Neste mês de setembro, que a Igreja dedica à Sagrada Escritura, descubramos o verdadeiro tesouro que consiste em meditá-la assiduamente.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR




