Reflexão litúrgica: quarta-feira, 13/11/2024, XXXII Semana do Tempo Comum

12 de Novembro de 2024

"Reflexão litúrgica: quarta-feira, 13/11/2024, XXXII Semana do Tempo Comum"

O MAL DESAPARECE QUANDO NOS COLOCAMOS A CAMINHO DA FÉ, DA ESPERANÇA E NA OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE JESUS 

Na Liturgia desta quarta-feira, 32ª Semana do Tempo Comum, vemos na 1ª Leitura (Tt 3,1-7), que o autor deste texto relembra o acontecimento marcante, a conversão que provocou uma radical mudança no seu modo de viver. Em poucas palavras, todo o mistério cristão é relembrado: o amor de Deus, a salvação pela graça, o batismo, o dom do Espírito, a esperança da realização final. 

No Evangelho (Lc 17,11-19), vemos a atitude dos dez leprosos que foram curados. Eles observam a lei: “pararam à distância”, obedecem à Palavra de Jesus, mas se julgam curados por serem observantes da lei, consideram-se merecedores. Estes representam muitos cristãos, presos a um legalismo mortal que impede a maturidade espiritual. Apenas um retorna para agradecer, reconhece que tudo é dom da bondade e da graça de Deus revelada em Jesus Cristo, volta a Ele, recebe a Palavra de salvação e supera a marginalização em que se encontrava. 

A lepra, neste episódio, representa o mal que atinge a todos nós, gerando exclusão, pobreza, injustiça e muitos sofrimentos. Mas Deus tem compaixão de todos os que assim se sentem e, com sua graça, nos faz encontrar a vida plena, nos reintegra novamente na dimensão comunitária, seja na família, seja na sociedade. A lepra desaparece quando nos colocamos a caminho, a caminho da fé, da esperança e na obediência à Palavra de Jesus que cura. A cura e a maturidade na fé ocorrem progressivamente, a pessoa vai sendo lapidada e transformando o coração a ponto de se tornar uma pessoa cheia de gratidão. “Curado, voltou glorificando a Deus em alta voz", reconheceu Jesus como libertador e começou a segui-lo, recebeu não só a cura física, mas a cura da alma, progrediu na fé e passou a ter como horizonte a sua salvação. 

Sejamos gratos a Deus por tantas graças recebidas em nossas vidas, mas sejamos gratos, também, a tantas pessoas que estão próximas de nós ou passaram pelas nossas vidas nos ajudando de tantas formas, sejam eles nossos familiares, professores, os que nos evangelizaram, bons profissionais que nos prestaram serviços, amigos de escola, de trabalho e tantos outros.  

Enfim, só poderemos dizer maravilhados: “Quão Grande és Tu Senhor! Minha alma canta a Ti, Senhor! Quão Grande és Tu.” 

“Graças e louvores se deem a cada momento.” 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.  


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR