Reflexão litúrgica: sexta-feira, 15/11/2024, XXXII Semana do Tempo Comum, Memória de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Estado do Paraná

14 de Novembro de 2024

"Reflexão litúrgica: sexta-feira, 15/11/2024, XXXII Semana do Tempo Comum, Memória de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Estado do Paraná"

“VEM, SENHOR, NOS SALVAR, VEM, SEM DEMORA, NOS DAR A PAZ!” (Sl 25) 

Na Liturgia desta sexta-feira, 32ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (2Jo 1,4-9), o texto é endereçado a uma comunidade particular da Ásia Menor, que denominada “Senhora”, é uma advertência contra falsos doutores, apelidados de anticristos, que negam a realidade da encarnação. Esses cristãos, “filhos da Senhora” devem viver na fidelidade à verdadeira doutrina, isto é, caminhar na verdade, praticando o amor fraterno, o verdadeiro mandamento dado pelo Salvador. Condição indispensável para receber de Deus a recompensa dos próprios esforços é não andar fora do ensinamento apostólico recebido. 

No Evangelho (Lc 17,26-37), Lucas nos diz que cabe a cada um de nós apressar a vinda do Senhor, Ele se manifestará plenamente quando for “tudo em todos”, por isso devemos despertar para o essencial, despojarmo-nos de ações de trevas, não ficar adormecidos, “pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes da terra”. 

Quando Jesus voltará, não sabemos, mas o Evangelho responde como nos comportarmos enquanto Ele não chega: vigilância constante – Deus nos visita a todo momento. 

Os que estão absorvidos pelos desejos da carne podem correr o risco de reduzir-se a uma vida instintiva (os animais comem, bebem, dormem, se reproduzem e não passam disso). Sem alimentar a vida espiritual, isto é, com a falta de Deus no coração humano, tudo poderá vir a ser permitido e ser normal, perde-se o senso da ética, do limite e da responsabilidade. Mas viver a vigilância é cuidar de si, cuidar das pessoas e da casa de Deus; ser vigilante é construir a esperança não só para si, mas também para os outros. Ser vigilante é uma questão de sensibilidade: pelo presente vemos o futuro. Exemplo: o Faraó, no Egito, não percebeu os sinais diante da realidade, enquanto Moisés viu os sinais dos tempos e, com a ajuda de Deus, libertou todo o povo da escravidão. 

Enfim, ser vigilante é viver em comunhão com Deus para vencer todos os obstáculos, os problemas não devem nos derrotar, pois “em Cristo somos mais que vencedores”. Acolhamos a palavra deste Evangelho e reforcemos nossa experiência com Deus por meio da oração: “Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem”.  


Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Estado do Paraná 

A devoção a Nossa Senhora do Rocio teve início no século XVII, após a elevação de Paranaguá à Vila, em 1648. Durante uma pesca na baía de Paranaguá, um pescador conhecido como Pai Berê pegou em sua rede uma imagem de Nossa Senhora do Rosário. Ele levou a imagem para sua casa e lá se começou a rezar à Virgem. A primeira igreja de Nossa Senhora do Rocio foi edificada em 1813 e o Santuário, em 1920. 

O nome Nossa Senhora do Rocio surgiu porque Rocio era o nome do lugar onde morava Pai Berê. A palavra rocio quer dizer orvalho e aquela localidade ficava no perímetro da Vila, onde terminava a povoação e começava a se condensar o orvalho matutino. Mais tarde, o rocio passou a ser interpretado pelos devotos como as graças que Deus derrama do céu por intercessão de Nossa Senhora. 

Nossa Senhora do Rocio também passou a ser invocada por seus devotos frente às epidemias. Em 1686, quando os habitantes da Vila de Paranaguá, às margens de sua baía, foram assolados por uma peste, recorreram aos favores da Mãe de Jesus, invocada neste título, para que os livrasse da doença. Desde então, Nossa Senhora do Rocio vem sendo o socorro das aflições dos devotos cristãos paranaenses. A Virgem do Rocio também atendeu aos seus devotos com curas individuais e coletivas, como nos casos da peste bubônica, em 1901 e da gripe espanhola, em 1918. 

Por causa de milagres e graças alcançadas pela intercessão de Nossa Senhora do Rocio, essa devoção mariana cresceu cada dia mais. Assim, os bispos do Paraná a declararam padroeira do Estado, em 1939. Depois, em 1977, o papa são Paulo VI concedeu a Nossa Senhora do Rocio o patronato do Paraná. 

Em nossa Paróquia, Nossa Senhora do Rocio é padroeira de uma comunidade, e logo, logo, iniciaremos a construção de uma imponente capela dedicada a Ela, cuja a festa em sua honra acontece sempre no?dia 15 de novembro. 

Oração a Nossa Senhora do Rocio 

Mãe do Rocio, agradecemos a vossa intercessão maternal. 

Em Jesus, rendemos graças a Deus por todas as bênçãos recebidas. 

Mãe do Rocio, olhai para todas as nossas necessidades. 

Por vossa intercessão, os céus se abram, e sobre nós orvalhos de bênçãos sejam derramados. 

Pedimos por nossas famílias, doentes e excluídos. 

Mãe do Rocio, que a Igreja seja cada vez mais fortalecida e sinal de serviço. 

Que o reino da paz, justiça e do amor prevaleçam. 

Que a misericórdia seja abundante. 

Mãe do Rocio, que seguindo o Vosso exemplo, sejamos sacrário de Jesus Cristo. Amém. 

Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Estado do Paraná, intercedei por nós! 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR