Reflexão litúrgica: quarta-feira, 29/01/2025 – III Semana do Tempo Comum

28 de Janeiro de 2025

"Reflexão litúrgica: quarta-feira, 29/01/2025 – III Semana do Tempo Comum"

A SEMENTE É BOA, MAS PARA FRUTIFICAR DEPENDE DA RECEPÇÃO DO CORAÇÃO 

Na Liturgia desta quarta-feira, 3ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Hb 10,11-18), vemos que o sacrifício de Cristo, a existência inteira de Jesus, todo o movimento de sua consciência é o verdadeiro ato sacerdotal, o grande e perene ato de oferta. Ele tira o pecado, restabelece a ligação com Deus mediante a sua própria pessoa e experiência viva. Funda a nova aliança, o povo novo que pode ter acesso a Deus. E o caminho para esse acesso é o compromisso de fé com Cristo, compromisso que nenhuma liturgia pode substituir. 

No Evangelho (Mc 4,1-20), Jesus entra na barca que é a Igreja e proclama uma mensagem de ânimo às multidões. Vejamos alguns aspectos que temos que levar em conta: 

1°) Jesus está falando Dele, de seu itinerário, da não aceitação de sua mensagem; 

2°) Jesus está falando aos discípulos que enfrentavam conflitos, estavam desanimados e vivendo em constantes crises; 

3°) Jesus está falando a cada um de nós, aos diferentes tipos de terrenos (nossa vida): alienação, perseguições, estruturas políticas e econômicas, seduções, superficialidade, insensibilidade, forças contrárias etc. 

A questão principal deste texto do semeador é: Por que muitos que acolheram e acolhem o Reino, depois, o abandonam? Diante dos desafios e de como é acolhida a semente (Palavra de Deus), vale a pena semear? A culpa não é do semeador, nem da semente, mas da terra que a recebe: disposição interior, tempo, vontade etc. Então, temos que olhar para dentro de nós, ali encontraremos a resposta. 

Diante dos vários tipos de terrenos, o lavrador é criativo, aproveita da melhor maneira a semente, pois sabe que a semente é de primeira. Temos que valorizar o esforço de cada um, sem exigir o mesmo de todos. Apesar de forças contrárias e possíveis perdas, o sucesso da colheita será garantido. 

Poderíamos nos questionar: Quanta semente recebemos! E somos assim... E se tivéssemos correspondido, como seria nossa vida e nossa realidade? 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR