Reflexão Litúrgica: sexta-feira, 07/02/2025 – IV Semana do Tempo Comum

06 de Fevereiro de 2025

"Reflexão Litúrgica: sexta-feira, 07/02/2025 – IV Semana do Tempo Comum"

TESTEMUNHO, AUTENTICIDADE E COERÊNCIA COM A FÉ – VIRTUDES DE POUCOS 

Na Liturgia desta sexta-feira, 4ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Hb 13,1-8), o autor oferece alguns conselhos para reforçar a vivência comunitária: amor fraterno, hospitalidade, respeito ao casamento, não absolutizar o dinheiro nos negócios, cuidado com os presos e fragilizados. Esses conselhos fortalecerão a comunidade que vive tempos de hostilidade e perseguição. 

No Evangelho (Mc 6,14-29), vemos que a narração da morte de João Batista apresenta o destino de Jesus e dos que o seguem. A morte de João acontece dentro de um banquete de poderosos. Assim, o profeta que pregava o início de transformação radical é morto por aqueles que se sentem incomodados com essa transformação.  

Neste texto vemos que um profeta é eliminado em meio a um banquete em que uma jovem e sua mãe estão à serviço da morte. A cabeça de João é oferecida, num prato, para compor a mesa de Herodes e seus convidados, os grandes da Galileia. A eliminação de João é motivada pelos questionamentos trazidos por sua palavra e ação, e antecipa o destino de Jesus. 

O profeta João Batista não foi ouvido, foi ridicularizado e ultrajado pelas autoridades religiosas e civis. João morre por fidelidade ao seu testemunho. Deste modo a morte surge como um testemunho supremo, o selo de autenticidade, o fato que confirma as palavras. A nós, habitualmente, não nos é pedido dar a vida, mas ter uma conduta cristã coerente em nosso relacionamento com Deus e com as pessoas. A coragem de não ceder diante do mal, nem diante da mentalidade corrente, mas de sermos diferentes na forma de pensar, de escolher, de falar, de agir. Contestar, em nome da verdade, mas estar prontos para o diálogo e o respeito pelas pessoas; afirmar nossa originalidade de crentes, mas sermos capazes de adaptação ao expor o ponto de vista cristão, capazes de coerência com a fé.  


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.  


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Sarandi – PR