PENTECOSTES VEM RESTABELECER A UNIDADE, REPARAR A CONFUSÃO DE LÍNGUAS (BABEL) PELA PRÁTICA DA CARIDADE, LINGUAGEM QUE TODOS ENTENDEM
Na Liturgia desta sexta-feira, 6ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Gn 11,1-9), o texto apresenta a explicação para a diversidade de povos e línguas: é um castigo contra a pretensão coletiva que, como a dos antepassados, é uma falta provocada pelo orgulho. Babel lembra certamente Babilônia, a civilização que se tornou o modelo das grandes potências. Babel se apresenta como símbolo da cidade deformada pela autossuficiência, que produz uma estrutura injusta, exploradora e opressora. A reunião dos povos e línguas acontecerá no Pentecostes e na consumação da história (Ap 21-22).
O texto foca que a ambiguidade humana produz uma relação social competitiva, uma cultura ambígua, um processo histórico caótico e uma cidade idolátrica. Daqui para a frente, começa uma nova história, voltada para uma relação social justa, para uma cultura verdadeiramente humana, para um processo histórico dirigido para a vida, e uma cidade fundada na justiça e na fraternidade.
No Evangelho (Mc 8,34-9,1), vemos que o projeto messiânico de Jesus implica o conflito com os poderes estabelecidos, religiosos e políticos, que causam e sustentam a dominação e a injustiça. Quem quiser seguir a Jesus precisará identificar-se com esse projeto, sabendo que poderá enfrentar o desafio de entregar a própria vida.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR




