SANTOS INOCENTES, PROTETORES DE TODAS AS CRIANÇAS QUE SOFREM VIOLÊNCIA, APESAR DA TOTAL INOCÊNCIA E DO AMOR ESPECIAL QUE O PAI DO CÉU LHES CONSAGRA
Na Liturgia desta quinta-feira, 4° Dia na Oitava do Natal, a Igreja venera os Santos Inocentes, crianças de Belém sacrificadas pelo Rei Herodes, que tentou se livrar do Menino Jesus.
Na 1ª Leitura (1Jo 1,5-2,2), vemos que a busca da comunhão com Deus não pode criar arrogância. Tem de se mostrar concreta mediante o testemunho cotidiano e o reconhecimento da própria fragilidade. Além disso, é uma busca que não pode produzir isolamento frente às pessoas e suas necessidades. Não existe comunhão com Deus sem comunhão com os irmãos. A experiência de fé se sustenta na certeza do perdão que provém de Deus e se espalha na convivência com os outros.
No Evangelho (Mt 2,13-18), vemos que enquanto no passado Moisés fugiu do Egito, Jesus agora foge para o Egito: a terra prometida se tornou o lugar da violência e da opressão. Jesus realiza no início de sua história um trajeto semelhante ao de Moisés.
Os primeiros capítulos do Evangelho de Mateus sublinham um de seus temas principais: apresentar Jesus como o novo Moisés, que tem o direito de discutir a lei e dispensar dela os seus discípulos. Por isto, Mateus escolhe as tradições da infância de Jesus que estabelecem um paralelo entre ele e Moisés. O nascimento de ambos coincidi com um morticínio de meninos hebreus, ambos vão ao Egito, ambos realizam a palavra: “do Egito chamei meu filho” (Mt 2,15; Os 11,1; Ex 12,37-42). A narração de Mateus não põe a tônica no morticínio em si, porém antes na vocação do novo Moisés, já delineada pelos acontecimentos de sua infância.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR